Seu pet também possui emoções. Entenda e respeite!
SENTIMENTO
substantivo masculino
- 1.
estado ou condição psicológica, e suas manifestações, originadas das pulsões de afeto ou aversão.
“s. de ciúme” - 2.
ato ou efeito de sentir(-se).
EMOÇÃO
substantivo feminino
- 1.
agitação de sentimentos; abalo afetivo ou moral; turbação, comoção.
- PSICOLOGIA: reação orgânica de intensidade e duração variáveis, ger. acompanhada de alterações respiratórias, circulatórias etc. e de grande excitação mental.
Janeiro é o mês onde nascem as promessas, os planos e os objetivos. É quando encerramos velhos ciclos e iniciamos outros com reflexões importantes. Por isso, esse mês foi escolhido para conscientizar da importância da saúde mental.
Janeiro Branco não é só importante para os humanos, mas para seus peludos também, afinal, como seres sencientes, eles também sofrem de diversas formas sem saber ao menos o porquê. Sendo assim, cabe à nós tutores zelar pela saúde mental de nossos animais domésticos em busca de garantir qualidade de vida para que sejam realmente felizes.
Continue a leitura para entender melhor sobre o que se trata e como isso abrange o mundo dos peludos.
O que é Janeiro Branco?
O próprio site Janeiro Branco explica que esse é um movimento dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade, sendo também o nome da instituição que coordena esse movimento.
Porque os pets estão inclusos nesse movimento?
De acordo com grandes autores, a emoção nada mais é que uma manifestação de reações psicomotoras, normalmente acompanhadas de alterações neurovegetativas em resposta a um estímulo ambiental, ou seja, suas emoções, e as do seu pet, são praticamente as mesmas.
O site Labovet cita que lidar com sentimentos e emoções não é uma tarefa fácil, e ter conhecimento necessário sobre as mudanças comportamentais dos pets é crucial para a identificação de algum problema emocional, afinal, eles dão sinais.
Quais são eles?
Situações de estresse e até mesmo mudança de rotina, podem desencadear mudanças comportamentais causadas por transtornos emocionais. Portanto, comportamentos inadequados ou suspeitos, têm como indício, compensação por algum fator negativo ou frustração. Exemplos:
- Mudança de rotina: Muitos cães e gatos estão habituados com o local que vivem e com as pessoas que convivem. Caso haja alguma mudança, muitas vezes eles podem ficar extremamente estressados, um processo fisiológico por inadequação de espaço.
- Agressividade: Normalmente quando há divórcio ou a ausência constante de uma pessoa muito próxima do pet, ele pode ficar mais agressivo.
- Traumas: Alguns pets podem sofrer traumas por diversos motivos: acidentes, assaltos, momentos de violência, que podem levá-los aos total isolamento.
- Estresse crônico: Animais cronicamente estressados podem apresentar reações exageradas do sistema nervoso, o que pode ocasionar em aumento da pressão arterial, diminuição de insulina, aumento do risco de diabetes, predisposição a úlceras e desequilíbrios na imunidade.
É nítido que o campo das emoções possui uma complexidade evidente que pode até ser física, o que influencia diretamente na qualidade de vida do animal.
Por isso, é importante ter atenção, cuidado e desenvolver estratégias para lidar com essas situações.
No site do Jusbrasil encontramos a história do Fred, um cão que sofreu um acidente e levou consigo esse trauma por anos a fora.
“Cada vez que vamos sair, Fred grita como se o estivessem matando. Late histericamente quando vê uma moto, bicicleta ou outro cachorro. Corre desesperadamente quando está com a coleira, tanto que já me jogou várias vezes no chão. É simplesmente impossível sair com ele.”
María José adotou Fred em novembro de 2013, mas foi em janeiro deste ano que ela começou a se preocupar com a saúde mental de seu animal.
“Nunca tinha passado pela minha cabeça que um cachorro pudesse ter problemas de estresse ou traumas do passado que poderiam aflorar anos depois”, diz ela.
“Na primeira vez que Fred pisou em uma clínica veterinária, o veredito foi claro: seu estado físico era tão ruim que o melhor era realizar um procedimento de morte induzida”.
Uma das suas patas traseiras havia sido quebrada ao ser atropelado por uma moto, ao ponto de ser necessário pino em seu osso, além disso, o exame de leishmaniose havia dado positivo. Fred permaneceu em isolamento durante sua recuperação até ser acolhido por sua tutora, porém, a prioridade para ela era sua saúde física, pois nunca pensou que ele poderia ter transtornos mentais.
Depois de consultar especialistas e muita leitura sobre o tema, Maria José compreendeu que estar na rua causava ansiedade e só depois de um acompanhamento com uma educadora canina foi entender que Fred era resultado de toda a dor acumulada na rua e dos tratamentos a que foi submetido.
“É como ter dois cachorros: O Fred de casa, doce, tranquilo, leal e obediente, e o Fred da rua: histérico e agressivo com outros cães”, afirma.
“Se soubesse quais eram os sinais do estresse canino, poderia ter prestado mais atenção e não teríamos chegado a esta situação extenuante e dolorosa para nós”.
Leia também: A saúde mental do seu pet também importa
Não permita que a história do Fred aconteça com o seu peludo, Então, qual a melhor forma de lidar com esses sentimentos? Primeiramente é importante ressaltar que o bem-estar físico e emocional são de suma importância, após isso, é sempre viável identificar as mudanças de comportamento do pet.
Às vezes ele só está entediado e precisa brincar, gastar energia e passear um pouquinho. Investir em companheirismo, brinquedos e formas de carinho e proteção são a melhor solução.
E caso perceba que os sintomas vão mais além, procure um médico veterinário o quanto antes para ter um diagnóstico mais assertivo e iniciar os tratamentos necessários.
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